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Antes de automatizar, planeje: o caminho para a hiperautomação nas empresas

Foto do escritor: BR40BR40

A hiperautomação vem ganhando destaque como um dos conceitos mais transformadores no mundo corporativo atual. À medida que empresas buscam otimizar e digitalizar suas operações para se manterem competitivas, esse processo se destaca como uma metodologia que vai além da automação básica, proporcionando uma integração completa de sistemas, ferramentas e tecnologias. No entanto, antes de se iniciar o processo de hiperautomação, é essencial que as empresas passem por uma etapa fundamental de planejamento, ou seja, o estudo e análise detalhada dos processos internos. Esse mapeamento inicial permite entender onde estão as oportunidades reais de digitalização e automação, priorizando aquelas que trarão impacto maior ou mais rápido.


automação

O planejamento começa com a descoberta de processos, uma prática voltada para entender o funcionamento atual de cada etapa de trabalho dentro da organização. Através de técnicas de engenharia de processos, é possível

identificar como os processos são executados, quais as interdependências entre departamentos e onde estão os possíveis gargalos ou ineficiências.


Esse diagnóstico detalhado é fundamental para que a automação ocorra com precisão. Automatizar processos sem compreendê-los pode resultar em erros críticos e desperdício de recursos, tornando a fase de levantamento algo indispensável.


Dentro desse cenário de planejamento, a priorização é outro fator chave. Com a descoberta de processos bem estabelecida, torna-se possível identificar os temas e tarefas que agregam mais valor para a empresa e que podem gerar resultados em curto prazo. Cada organização possui uma realidade única e, por isso, o estudo deve ser específico e orientado por métricas que avaliem o potencial de ganho. A decisão de priorizar certos processos deve levar em consideração, por exemplo, quais áreas têm maior impacto na experiência do cliente, quais influenciam diretamente a receita ou quais apresentam alto custo operacional. Ao identificar esses critérios, a empresa poderá maximizar o retorno sobre o investimento em automação, concentrando esforços onde haverá maior benefício para o negócio.



Tão importante quanto entender os processos é avaliar as ferramentas disponíveis no mercado e a cultura organizacional da empresa. A tecnologia é parte essencial da hiperautomação, mas, para que seja realmente eficaz, é necessário que a cultura organizacional esteja igualmente comprometida com os objetivos de inovação e Transformação Digital. Ferramentas como BPMS (Business Process Management Suite), RPA (Robotic Process Automation), Inteligência Artificial e Machine Learning são cada vez mais comuns em ambientes corporativos e desempenham papéis distintos dentro da hiperautomação. A escolha das ferramentas deve ser baseada nas necessidades específicas da organização e na capacidade de cada uma de integrar-se com os sistemas existentes.


A cultura organizacional, por sua vez, deve estar preparada para a mudança. Em empresas que adotam a hiperautomação, é comum que alguns colaboradores tenham receios, pois podem considerar as automações como concorrentes do próprio trabalho. Para que a transição seja bem-sucedida, é fundamental que haja uma comunicação transparente, mostrando como a automação pode reduzir tarefas repetitivas e liberar tempo para atividades mais estratégicas, tornando o trabalho mais produtivo e agregando valor ao desenvolvimento profissional de cada um.


Além disso, preparar os colaboradores para utilizar essas novas tecnologias e oferecer treinamentos adequados ajuda a garantir que a cultura organizacional absorva a automação de maneira positiva e inclusiva.


Outro ponto crucial do processo de hiperautomação é medir os resultados. Uma vez que a automação é implementada, é importante monitorar o impacto gerado em relação aos objetivos iniciais traçados na fase de planejamento. A utilização de plataformas de gestão e automação de processos permitem uma visão em tempo real dos avanços e dos ajustes necessários, garantindo que o processo automatizado está cumprindo seu propósito. Dessa forma, é possível não apenas comprovar o valor da hiperautomação para a empresa, mas também identificar novas oportunidades de melhorias contínuas.



De acordo com estudos de mercado, empresas que adotam a hiperautomação conseguem reduzir custos operacionais em até 30%, além de aumentar sua eficiência e escalabilidade. Isso ocorre porque a hiperautomação não apenas automatiza tarefas, mas cria um ecossistema de tecnologias integradas que trabalham de forma conjunta. Em um cenário em que o tempo é um dos principais ativos, essa agilidade se traduz em vantagem competitiva, permitindo que a empresa responda rapidamente a novas demandas do mercado e melhore seu nível de serviço.


Em suma, o processo de hiperautomação exige uma abordagem estruturada e inteligente, que vai desde a análise e descoberta de processos até a implementação de tecnologias avançadas e o acompanhamento de resultados.


Ao adotar esse modelo, as empresas não apenas modernizam suas operações, mas também constroem uma base sólida para o crescimento sustentável e a inovação contínua. A hiperautomação não é apenas uma tendência passageira, mas uma estratégia que molda o futuro das organizações, colocando-as em um caminho de maior eficiência, competitividade e capacidade de adaptação frente aos desafios do mercado.


Por Thales Fuzetti, diretor de Negócios na empresa Verity.

Fonte e imagem: InforChannel



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