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Indústria paranaense confirma dinamismo e empregabilidade cresce em setembro

Setor teve saldo de 6.626 vagas no mês. No ano, já são 12.551 novos empregos criados


Uma indústria forte, diversificada e geradora de empregos formais. Essa é a conclusão sobre os números de setembro do mercado de trabalho no Paraná divulgados hoje (29/09), pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Pelo terceiro mês seguido, a indústria puxou o crescimento dos empregos com carteira assinada no estado. Das 19.732 vagas criadas no Paraná no mês, a indústria criou 6.626 empregos formais. Seguida por comércio (5.398), serviços (4.716), construção civil (2.892) e agropecuária (100). No ano, o segmento industrial já acumula saldo positivo de 12.551 postos de trabalho.

Crédito das fotos: Gelson Bampi

Das 19.732 vagas criadas no Paraná no mês, a indústria criou 6.626 empregos formais.


Foram 106.382 admissões e 86.650 desligamentos registrados em setembro no estado. Na indústria de transformação, os setores que mais contribuíram para o saldo positivo foram fabricação de móveis, com 878 empregos gerados. Seguido por confecções e artigos do vestuário (868); automotivo (689); fabricação de produtos de metal (675); madeira (587); e máquinas e equipamentos (509). Das 24 atividades avaliadas pelo estudo neste mês, apenas três tiveram resultado negativo: petróleo (-6 vagas); produtos alimentícios (-47) e fumo (-659).


O presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, avalia que o aumento da confiança dos consumidores vem fazendo com que o comércio recupere seu dinamismo e isso tem reflexo direto no crescimento das encomendas dos produtos industrializados. “Hoje, muitos setores que estavam com estoques praticamente zerados já sentem até dificuldades para aquisição de insumos e matérias-primas devido ao aumento repentino da demanda. Esse cenário, que deve ser equacionado em breve, pode ser considerado um problema bom para a indústria e que tem como resultado o aumento da produção e da geração de emprego no setor”, afirma.


“As empresas do setor vêm gradualmente retomando os níveis de produção anteriores à pandemia, precisando contratar mais trabalhadores para atender a demanda”, resume.


“Os resultados de setembro mostram uma trajetória forte de recuperação da empregabilidade geral no estado. Mas, principalmente, que a indústria superou rapidamente as perdas nos meses de abril e maio e, de junho para cá, tem sido responsável pelo saldo positivo no estado”, analisa o economista da Fiep, Evânio Felippe.


Este mês, a boa notícia vem do segmento automotivo, um dos mais importantes do estado, que voltou a abrir vagas em setembro depois de seguidas altas nos desligamentos. O setor ainda acumula saldo de -2.426, mas a trajetória de dispensas mudou. “Esse resultado pode sinalizar uma melhora mais significativa na produção industrial até o fim do ano. Os dados mostram que a perspectiva negativa na geração de postos de trabalho já não existe mais, pelo contrário. A indústria já recuperou as perdas do período inicial da pandemia e a tendência é seguir nessa trajetória de crescimento e abertura de novas vagas. Parece que o pior da crise realmente ficou para trás”, destaca.


Acumulado do ano


De janeiro a setembro, o setor de alimentos puxa a criação de vagas na indústria do estado, com 9.327 contratações. Seguida por fabricação de móveis (1.901); madeira (1.589); fabricação de produtos de metal (1.213). Além do automotivo, o setor do vestuário, importante gerador de empregos no estado, acumula saldo negativo de -3.987 demissões.


No ano, das 24 atividades da indústria de transformação, somente cinco apresentam saldo negativo. De fato, há um maior dinamismo no mercado de trabalho no setor industrial. Mas há alguns pontos de atenção que devem ser observados para que a recuperação mantenha seu ritmo acelerado no estado, segundo o economista. Um fator que pode impactar na empregabilidade aqui está atrelado à segunda onda de casos de Covid-19 na Europa e nos Estados Unidos. “Esses países são importantes mercados consumidores de produtos da indústria do Paraná e as exportações podem ser afetadas com uma possível nova crise. Outro ponto é a percepção de que há uma escassez de matéria-prima no setor. Atividades de base, como o de fabricação de produtos plásticos, aço e papelão, que atendem toda a cadeia industrial, sinalizam dificuldade em adquirir insumos para atender seu mercado consumidor e isso pode afetar a produção na indústria e, consequentemente, uma recuperação dos empregos”, conclui.


Fonte e imagens: Agência Sistema FIEP



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