A automação robótica (RPA, de Robotic Process Automation, em inglês) é uma solução tecnológica que permite automatizar processos por meio de robôs. Também conhecidos como bots virtuais, são capazes de realizar tarefas repetitivas e melhorar a velocidade e assertividade das mais diversas operações. Isso ajuda as empresas a reduzirem custos, aumentar a eficiência e a liberar recursos para que os colaboradores possam se concentrar em tarefas mais importantes para as empresas.
Da mesma forma, pode ser usada para automatizar processos de retaguarda, como controle de inventário, vendas e folha de pagamento. Além disso, a RPA pode contribuir para diminuir os gastos com TI e toda a burocracia de uma empresa, uma vez que os bots podem realizar inúmeras funções simultaneamente a partir de parâmetros pré-definidos pelo homem.
Temos visto alguns primeiros e importantes passos de automação no uso de robôs para atendimento por máquina a clientes e, também, uso de Inteligência Artificial para mapear etapas e programar respostas. Com isso, hoje já temos, inclusive no Brasil, uma série de chatbots para responderem perguntas, ajudarem clientes com informações e até auxiliarem na interação via centrais de atendimento a consumidores. A tendência é que esses chatbot estejam cada vez melhores, mas o uso de robôs pode ir bem além disso.
Pesquisas indicam que os robôs vieram para ficar: 78% das organizações mundiais já possuem outras atividades automatizadas e quem ainda não usa já indica que planeja utilizar bots nos próximos três anos. Entretanto, o grande desafio para empresas de todos os tamanhos e segmentos de mercado é criar uma infraestrutura robusta o suficiente para garantir a segurança de suas operações robotizadas. Em outras palavras: proteger o acesso, rastrear os sistemas de forma online e mitigar todo o tipo de ameaça cibernética que possa colocar em risco os negócios e a reputação das companhias.
A segurança é essencial para que as empresas aproveitem plenamente os benefícios que a RPA oferece, assim como para garantir que os processos robotizados sejam executados da maneira correta. Para isso, é importante usar soluções certificadas e confiáveis para acrescentar novas camadas de proteção e dificultar invasões de cibercriminosos. Ao estabelecer medidas, como a criação de políticas de segurança e o uso de sistemas automáticos de monitoramento, as empresas conseguem dar os primeiros passos de resguardo, que devem ser complementados com a ajuda de especialistas de TI e de empresas especializadas da área para ampliar sua segurança digital.
Além disso, robôs são dispositivos eletrônicos e como tal precisam ser monitorados e fazer parte de um plano de trabalho e de contingência que mitigue rapidamente eventuais problemas. O acompanhamento deve ir além com o uso de sistemas de bloqueio como firewalls, soluções contra ataques cibernéticos, servidores de logs externos e ferramentas de detecção automática de alterações na rede. Esse mapeamento estratégico depende também da consultoria externa de empresas especializadas, uma vez que o acompanhamento online e diário é fundamental para evitar vazamentos e violações.
Do mesmo modo, as companhias devem criar políticas de uso, de acesso e de validação de senhas em duas etapas, estendendo seus planos para questões de governança digital, incluindo orientações para evitar ataques de vírus e de malwares, uso e compartilhamento de senhas e acesso à rede e a ambiente de dados por meio de dispositivos externos.
Para bots funcionarem corretamente, é necessário fazer a revisão regular dos logs, rastreamento de acessos e de RPA e monitoramento da performance da rede para detectar rapidamente eventuais anomalias que podem ser um primeiro sinal antes de um ataque em massa. É importante lembrar que a segurança e a conformidade devem ser um foco de todas as áreas da empresa, pois, afinal, a segurança depende da atenção, do compromisso e do apoio de todos. Esse movimento de engajamento e de proteção digital é fundamental para ajudar as companhias na evolução de suas jornadas de Transformação Digital, uma vez que geralmente quem é vítima de uma invasão tende a se retrair e a virar analógico enquanto a confiança digital não é restabelecida.
Em busca da produtividade ininterrupta, os robôs despontam como a melhor alternativa para atividades rotineiras, trabalhos que demandam cuidado ou cálculos complexos, economia de recursos humanos e de tempo e eliminação de erros humanos ou de processos. Trabalham 24 horas por dia sem parar, conseguem aprender com o tempo e têm a habilidade de personalizar atendimentos e rotinas conforme a situação.
Depois de implementados no ambiente empresarial, têm capacidade de expandir a automação para toda a organização e ajudar na geração de melhores resultados e no aumento de produtividade. Para essa nova jornada de automação, o principal conselho é o de contratar um fornecedor especializado que possa ajudar em todas as etapas para se obter resultados sem preocupação adicional. Sem dúvida, Isaac Asimov, autor de “Eu, Robô”, previu como seria o mundo hoje e, pelo que tudo indica, ele acertou!
Por Sandra Maura, CEO da Topmind.
Fonte e imagem: InforChannel
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